República Federal Democrática da Etiópia é um país do leste do continente africano.
• Brasil é o 2º país de maior população negra do mundo, atrás somente da Nigéria;
• No Brasil, aproximadamente, 56% das pessoas são pretas e pardas;
• África é o continente que mais contribuiu para a formação do Brasil (seja na sociedade ou na cultura), portanto, para compreender a história do Brasil, é necessário conhecer a história da África;
• Descolonizar o pensamento que os povos europeus impuseram ao mundo, apagando os conhecimentos sociais, culturais, matemáticos e científicos dos povos africanos;
• Desmistificar a Matemática como uma ciência fria, abstrata e superior, mostrando que é uma prática social, descoberta e utilizada desde o• 3º maior continente em extensão territorial = 30 milhões de km²;
• Cumprir a lei 10.639/03, que insere a História da África e Cultura Afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino públicos e particulares.
• 2º continente mais populoso do mundo = 1,2 bilhões de habitantes;
• Ocupa 20% da área continental do planeta Terra.
Etiópia significa “Terra dos bronzeados”, “Terra dos povos de rosto queimado” ou Terra das faces enegrecidas pelo Sol”. Antigamente, o povo preto, em diversas regiões da África, era chamado genericamente de etíope. É uma das nações mais antigas do mundo, lar dos primeiros seres humanos, provavelmente os Hominídeos e o Homo erectus. Lá foi encontrado um dos fósseis mais antigos da humanidade, datado em 3,2 milhões de anos, chamado Lucy, uma Australopithecus afarensis do sexo feminino. Provavelmente, o Homo sapiens se originou na Etiópia. A escrita, chamada proto-etíope, surgiu no país em volta do ano 800 a.C. Junto com África do Sul, a Etiópia possui o maior número de Patrimônios Mundiais da UNESCO. O país também é conhecido pelas suas igrejas talhadas em pedras e foi lá em que se originou o grão de café.
Além de ser um dos territórios mais antigos do mundo, Etiópia é o único país africano, junto com a Libéria, que não foi colonizado. Apesar da invasão italiana ocupar o país por 4 anos, o exército do imperador Menelik II expulsou os italianos na chamada Batalha de Adwa, em 1896, a única vitória de um exército africano sobre um europeu na época da chamada “partilha da África”, mantendo sua soberania. Com isso, grande parte dos países africanos adotaram as cores da bandeira da Etiópia na época de suas independências. Também, foi na capital Adis Abeba o local da fundação da Organização da Unidade Africana (OUA), em que 30 nações do continente se reuniram para unificar a luta dos países africanos contra o colonialismo e imperialismo europeu, em busca da independência. Esse dia, 25 de maio de 1963, tornou-se símbolo de resistência e desde 1972 é comemorado o Dia da África, também conhecido como Dia da Libertação Africana.
O país foi território do chamado Império Etíope ou Abissínia, assim como do poderoso Império de Axum (que abarcava ricas terras na Etiópia, no Sudão e na Arábia Meridional), um centro político, econômico e cultural, que dominou o comércio do Mar Vermelho no século III e foi uma das 4 nações do mundo, no século IV, junto com Roma, Pérsia e o Reino de Kushan, a emitir moedas de ouro. Com isso, podemos afirmar que houve grande desenvolvimento da Matemática na Etiópia, e há grandes indícios de que a civilização etíope teve influência em Kemet (Egito), mas a história, como sempre, apaga a genialidade do povo africano como uma forma de dominação.
A agricultura corresponde a mais da metade da economia etíope, e o principal produto é o café, mas também são cultivados cana-de-açúcar, tef (um cereal local), tabaco, milho, trigo, algodão, milho-sorgo, sisal e batata. A pecuária abrange a criação de bovinos, ovinos, caprinos, equinos, camelos e aves. As florestas fornecem lenha e carvão vegetal. Há jazidas de ferro, cobre, zinco, ouro, platina, chumbo, potássio, petróleo e gás natural. A indústria compreende o refino de petróleo e açúcar e a fabricação de cimento, metais, tecidos, cigarro e cerveja.
A Etiópia é um país em que a cultura é predominantemente marcada pelas religiões, pois o território teve forte influência do judaísmo, do cristianismo e do islamismo, assim conhecida como o “Museu de Povos”. A música recebeu influência dessas comunidades religiosas, assim como eram produzidas canções de vitórias para comemorar as campanhas militares, porém, o reggae tem suas fontes a partir da cultura etíope. Atualmente, há grande evolução da música etíope e forte presença de ritmos assimétricos, resultando em 5 notas. Pelo país não ter sido colonizado, a cultura é muito diversa pois não houve muita influência ocidental. A culinária, muito bem temperada, é feita com grande variedade de pratos e entradas com legumes e carne. Café e o cereal chamado Teff são bem populares. A literatura e a arte (o entalhe e a escultura em madeira são bem comuns) também possuem grande influência religiosa. A população é festeira, gentil e espirituosa.
O esporte mais popular é o atletismo, rendendo muitas medalhas nos Jogos Olímpicos. O futebol também é muito popular, a Seleção Etíope de Futebol tem longa tradição futebolística e já foi uma das mais fortes da África. Foi uma das primeiras seleções a participar de uma partida internacional e uma das fundadoras da Copa das Nações Africanas em 1957. Foi campeã da Copa das Nações Africanas em 1962 e da Copa CECAFA (Conselho das Associações de Futebol da África Oriental e Central) por 4 vezes, em 1987, 2001, 2004 e 2005.
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