No dia *16/03 das 19h às 21h* temos um encontro marcado no Curso: A Matemática no Continente Africano e a Descolonização do Currículo.
Prezadas(os) amigas(os), é com imenso prazer que convido vocês para o nosso 1º curso: A Matemática no Continente Africano e a Descolonização do Currículo.
Para quem me acompanha neste blog e nas redes sociais, principalmente no Instagram, sabe que essa é uma das vertentes da Matemática que pesquiso há muito tempo, que é a Matemática no Continente Africano, a Etnomatemática e a descolonização do currículo. Inclusive, além de fazer esse trabalho em sala de aula, também o faço em formações de professoras e professores pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SP).
Segue abaixo as informações do curso:
No dia *16/03 das 19h às 21h* temos um encontro marcado no Curso: A Matemática no Continente Africano e a Descolonização do Currículo com o professor Jefferson dos Santos Todão.
O objetivo do curso é desmistificar a Matemática como uma ciência fria, abstrata e superior, mostrando que é uma prática social, descoberta e utilizada desde o início da humanidade, na África. Consequentemente, o conhecimento científico e tecnológico também surgiu no continente africano.
O curso contempla a Lei 10.639/03, que insere a História da África e Cultura Afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino públicos e particulares. Além de descolonizar o currículo, o curso visa mostrar aos docentes a importância de valorizar as diferentes formas de calcular, comparar, ordenar e medir, de seus educandos.
Inicialmente, um breve resumo da História da Matemática eurocêntrica que é ensinada nos livros. Após, veremos a História da Matemática que se iniciou no continente africano, desde o início da humanidade até os dias atuais.
Também, conversaremos sobre Etnomatemática, fazendo um paralelo com a Matemática no continente africano e a classe trabalhadora brasileira, mostrando que a Matemática é acessível a todas as pessoas, independente da escolaridade e classe social, desmistificando ser uma ciência praticada por “inteligentes”, assim, descolonizando o currículo.
A Inscrição do curso pode ser feita através do link abaixo:
*Link de Inscrição do Curso:*
O investimento para o curso é no valor de *R$ 60,00*, que pode ser pago via transferência bancária, ou através de cartão de crédito ou débito pelo link do Pag Seguro.
O curso será ministrado via Google Meet, encaminharemos o link de participação via e-mail dos inscritos nas vésperas. Garanta a sua vaga nesse incrível curso descolonizador!
Público alvo: professoras(es) especialistas em Matemática e também especialistas em qualquer outra disciplina, pois o curso mostrará um novo olhar sobre os conhecimentos dos povos do continente africano, dando ideias para pesquisas e elaborações de aulas. Professoras(es) que ensinam Matemática, sejam docentes que trabalham nas séries iniciais ou docentes em que sua disciplina envolva Matemática. Gestoras(es) escolares e público em geral interessados em descolonizar o pensamento e enxergar a Matemática como uma prática social, acessível à todas as pessoas.
Mas, porquê estudar a Matemática no Continente Africano? Aliás, porquê estudar a História da África?
• África é o berço da humanidade e foi em África que o ser humano inventou a Matemática, o fogo, a escrita, a astronomia, o calendário, a engenharia, a medicina, a filosofia, entre diversos outros ramos da ciência e do conhecimento humano;
• Brasil é o 2º país de maior população negra do mundo, atrás somente da Nigéria;
• No Brasil, aproximadamente, 56% das pessoas são pretas e pardas;
• África é o continente que mais contribuiu para a formação do Brasil (seja na sociedade ou na cultura), portanto, para compreender a história do Brasil, é necessário conhecer a história da África;
• Descolonizar o pensamento que os povos europeus impuseram ao mundo, apagando os conhecimentos sociais, culturais, matemáticos e científicos dos povos africanos;
• Desmistificar a Matemática como uma ciência fria, abstrata e superior, mostrando que é uma prática social, descoberta e utilizada desde o início da humanidade, na África;
• Cumprir a lei 10.639/03, que insere a História da África e Cultura Afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino públicos e particulares.
Alguns dados sobre a África:
• 3º maior continente em extensão territorial = 30 milhões de km²;
• 2º continente mais populoso do mundo = 1,2 bilhões de habitantes;
• Ocupa 20% da área continental do planeta Terra.
Para mais detalhes do curso, segue a sinopse abaixo:
O projeto “A Matemática no Continente Africano e a descolonização do currículo” tem o objetivo de desmistificar a Matemática como uma ciência fria, abstrata e superior, mostrando que é uma prática social, descoberta e utilizada desde o início da humanidade, na África. Consequentemente, o conhecimento científico e tecnológico também surgiu no continente africano, concomitante com as primeiras civilizações.
A pesquisa inicia-se com a História da Matemática contada nos livros, nos quais mostram, em quase sua totalidade, os matemáticos europeus, provando que o eurocentrismo atua fortemente, também, na Matemática. Na sequência, acompanha a história da humanidade com a Matemática, que desde a pré-história existe na África, onde os seres humanos desenvolveram suas habilidades (também com a confecção de instrumentos) de caça, pesca, colheitas de raízes e frutas, vestimentas e moradias. Além da noção de mais e menos, maior e menor, também calculavam por meio de pedras, paus, nós em cordas, entalhes em madeiras e ossos (estudo mais aprofundado dos Ossos de Lebombo e Ishango).
O Antigo Egito foi uma das primeiras civilizações da humanidade, extremamente desenvolvida, e por isso, houve a necessidade da escrita e do número. Sua eficiente Matemática pode ser provada por meio de dois papiros (Ahmes ou Rhind, e Moscou), no qual diversos conceitos utilizados atualmente em sala de aula vieram dessa civilização (Aritmética, Álgebra e Geometria), e esses conhecimentos matemáticos e científicos foram apropriados pelos colonizadores europeus. Além da Matemática, o Egito também foi muito desenvolvido na Ciência, Astronomia, Medicina, Metalurgia, e em outras áreas do conhecimento humano.
Com o passar do tempo, o colonialismo e imperialismo europeu monopolizou o conhecimento, desvalorizando e apagando a história e o conhecimento dos povos do continente africano, e hoje aprendemos no currículo escolar que o conhecimento iniciou-se na Grécia antiga e desenvolveu-se somente nos países da Europa Ocidental.
Atualmente, diversas culturas africanas utilizam a Matemática, seja nas situações do cotidiano (como o Sona, contação de histórias por meio de desenhos matemáticos na areia), na arquitetura e urbanismo (por meio da Geometria Fractal), na arte, vestimentas e religião. Também, ainda utilizam-se diversas bases numéricas além da base decimal, lembrando que desde os primeiros seres humanos utilizou-se essas bases que hoje são usuais em nosso cotidiano, como a base 12 (dúzia, meses do ano, 24 horas do dia) e a base 60 (horas, minutos e segundos, 360 graus e seus submúltiplos), essas bases também foram encontradas no Osso de Ishango, que tem origem há mais de 20.000 anos a.C.
No Brasil, país que mais recebeu os seres humanos do continente africano, e consequentemente, é base de sua cultura, o povo também utiliza a Matemática oriunda da África em diversas situações do cotidiano, inclusive em toda a Geometria envolvida na capoeira e nos cálculos utilizados de diversas formas nas periferias e na classe trabalhadora. Também, no ambiente escolar, diversos jogos de estratégia com origens no continente africano, auxiliam no desenvolvimento do raciocínio lógico dos estudantes, como o Mancala, Shisima, Senet, Fanorama e Yoté.
Complementando, o Programa Etnomatemática visa valorizar a Matemática praticada por povos de diferentes culturas, inclusive dos países africanos e da classe trabalhadora brasileira. Assim, mostra-se que a Matemática é acessível a todas as pessoas, independente da escolaridade e classe social, desmistificando ser uma ciência praticada por “inteligentes”, assim, descolonizando o currículo.
Dia 16/03 das 19h ás 21h
Curso será ministrado Online via Google Meet (link restrito aos participantes)
O link será encaminhado nas vésperas do curso mediante pagamento.
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